TEOLOGIA E LITERATURA

Mesmo com as divergências, com o diálogo é possível construir uma ponte entre as duas, isso sendo trabalhado sob medida. Essa visão não deleta de forma alguma a fé cristã, é apenas uma visão para fora, a visão do teólogo de dentro do templo, do sagrado, para fora, para uma melhor compreensão, uma cosmovisão das coisas interligadas.
Sendo que esse diálogo se dá não somente na literatura, mas também no romance, na crônica ou no conto lido e em outros âmbitos, como a cultura e as artes, falando sobre isso senti o desejo de eu mesmo, como teólogo realizar aqui, aproveitando o ensejo, esse diálogo entre a Teologia e a Literatura, com o filme: Náufrago.
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: William Broyles Jr.
Elenco: Chris Noth, Christopher Noth, Helen Hunt, Lari White, Michael Forest, Nick Searcy, Tom Hanks, Viveka Davis
Produção: Jack Rapke, Robert Zemeckis, Steve Starkey, Tom Hanks
Fotografia: Don Burgess
Trilha Sonora: Alan Silvestri.
Esse filme Recebeu duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Som.
Ganhou um Globo de Ouro, na categoria de Melhor Ator em Drama (Tom Hanks). Esse filme dialoga muito bem com a discussão sobre a criação no âmbito teológico.
O que qero dizer com isso? Vocês vão entender! Lendo o texto da Bíblia que diz:
E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Gênesis 2:18
Quando olhamos para esse texto, alguns podem até entender, que a questão aqui foi porque os outros animais tinham as suas fêmeas e que Adão estando só, isso não era bom porque precisava fazer sexo, precisava de uma mulher e não é bem por aí, a palavra chave nesse texto é sociedade, Deus criou o homem para viver em sociedade, sendo que essa sociedade criada por Deus, ela tem a sua base, ela tem o seu início em um homem e uma mulher, ou seja, um casal, uma família, que sabemos que é chamada a célula mater da sociedade, com isso Deus traz um bem imenso para a saúde do homem, principalmente psicológica, daí assistindo o filme Náufrago, o que me chamou a atenção foi o momento em que ele estava na ilha e viu uma bola de voley que com as mãos ensanguentadas já à beira da loucura, teve a idéia de criar um amigo imaginário e o chamou de Wilson (para os olhares de alguns aquilo foi loucura), porém ele estava agindo assim justamente para não ficar louco, ele criou um amigo para não se sentir só, para poder ter saúde psicológica e viver em sociedade, para poder enfrentar de forma lúcida aquele momento difícil, veja que com esse filme foi possível fazer uma ponte entre a Teologia e a Literatura, pois assim como no Éden não era bom que o homem estivesse só, também naquela ilha não era bom que o Náufrago estivesse só.
Pr. Pablo Viana